Sujo Rato

Audsandro

Sujo rato teve os pais assassinados como estorvo
Por traficantes que dominavam como reis o seu pedaço
Sua irmã, sem dinheiro, o sustentou vendendo o corpo
Seus irmãos cresceram no crime e conquistaram seu espaço

Ô sujo rato
Filósofo das ruas

Sujo rato via a briga entre gangues e a polícia
Quis vingança e prestou concurso para a polícia militar
Viu corruptos, torturadores, burocratas e sevícia
Mas também viu gente honesta com ideais de um sonhar

Todo emprego é uma prisão que se tem de acostumar
E polícia quando é bandido é pior que psicopata
Sujo rato entrou no esquema banda podre, quis mandar!
Esquadrão de extermínio fazia vingança privada!

Matava os chefes dos bandidos, fez-se herói na sua cidade!
Matou os assassinos dos seus pais com requintes de crueldade!
Mas aliou-se a seus irmãos no tráfico organizado
Ganhou prestígio matando bandido e apoiando o baseado!

Ô sujo rato
Filósofo das ruas

Com dinheiro e prestígio, fez-se político carismático
Dissimulado e atrevido foi deputado bem votado
Comprou votos como todo estadista respeitado
Em sua mansão, estava da elite ao pior desgraçado

Apaixonou-se por uma dama do bordel de sua irmã
Quis casar, ofereceu-lhe carro, casa e o seu quinhão
Havia química entre os dois, era um laço entre ímãs
Mas a jovem dama, com medo ou sonho, disse não

Sujo rato, tresloucado, não mais amar, ele jurou
Poder e sexo eram instintos que ele nunca esnobou
Sua vida era a arte de superar o que o mundo lhe tirou
Sua arma era sua razão, era o seu perdão que sangrou

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