Justiça, Todos Querem, Como Consegui-la Não Se Sabe

Audsandro

Há os que lutam com a foice
Outros que xingam com as mãos
Há os que emprestam de noite
E de dia tiram o pão
Cada qual faz como lhe cabe

Justiça, todos querem
Como consegui-la, não se sabe

Há os que são justos só para si
Há os que vivem de ajudar
Há os que não querem nem mentir
E dizem “isso nunca vai mudar”
Há os que só sabem reclamar

Justiça, todos querem
Como consegui-la, não se sabe

Há os que sofrem a vida inteira
Há os revoltados sem ação
Há os justiceiros, mãos caveira
Há os que pensam soluções em vão
Há os de ideal cego e sem verdade

Justiça, todos querem
Como consegui-la, não se sabe

Há os que xingam e apedrejam
Há os que babam seus carrascos
Há os mártires e os que se matam
Há os que sempre serão fracos
Há os da espera que tudo se acabe

Justiça, todos querem
Como consegui-la, não se sabe

Há os unidos e os isolados
Há os mercenários e os fanáticos
Há os sérios e os debochados
Há os ativos e os apáticos
Há os que não dançam o baile

Justiça, todos querem
Como consegui-la, não se sabe

Há os que buscam imposições
Outros pregam a boa vontade
Há os da liberdade e das prisões
Há egoístas da maldade
Há os que não tem prazer na bondade

Justiça, todos querem
Como consegui-la, não se sabe

Há os que buscam o bem de todos
Mas nem conseguem ter prazer
Há os que prometem tudo aos poucos
Mas sempre adiam o seu prazer
Há os que esperam o fim da maldade

Justiça, todos querem
Como consegui-la, não se sabe

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