Sereno Estigma

Aryan Anix

Quem produziu sua máscara?
Quem desfigurou seu rosto?
Quem começou a piada?
Eu criei o esboço
Eu criei versões e acompanhei todas suas manias
Me disfarcei e descobri todos os seus enigmas

A serenidade é a única visão da minha essência
A loucura é meu prazer
Não me peça paciência
Como você se sente ao estar perto de mim, eu sei muito bem
Como você se sente ao estar longe de mim, eu não quero saber

Já cansei de procurar ser o que realmente eu não quero ser
Já cansei de procurar ver além do que eu posso ver
Quando falam dos outros, os outros são eu e você
E quando se trata de mim
Vocês não querem nem saber

Quem matou a maldade?
Quem disse que a paz mora nas suas casas?
Você finge que sabe
E não sabe diferenciar ironia da graça
Você finge que sabe
E não sabe de merda nenhuma!
Você acha que sabe
Todos nós achamos, eu achava também

Faça suas insanidades longe das minhas ideias
Eu não misturo mentes; eu ainda gosto de pureza
Quer rir da minha cara? Me julgar?
Vá em frente, ninguém segura sua boca
Mas quando te jogarem contra a parede
Onde estará toda a sua beleza?

A vontade de fugir
Fugir para o inexistente, para o nada
As máscaras que produzi foram destroçadas
Pelas minhas próprias piadas
Se há algo mais na frente
Com certeza não vai ser criado para mim
Verá incompetentes com o pensamento comprado
Apenas dizendo sim

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