Gravidade

Aryan Anix

Eu quero te contar o quanto eu erro
Não ter medo de perder o pouco que eu tenho
Não ter um raciocínio lento por causa dos remédios
Que eu já tive que tomar

E sempre estar sereno
Extrair o que eu encontro de veneno
De ciúmes e inveja que pulsam sintomas
Em minhas veias que saltam
Quando a raiva vem e se alastra à tona

E poder me sentir leve nessa gravidade
Que nos puxa para o centro
Nos deixando apenas a vontade de saltar
Para um espaço sonhador
Cheio de aventuras e oportunidades
Quando você as abraça
Só o que resta de importante é a saudade

Eu quero te mostrar por onde eu andei
Sem ter medo dos vultos a cada placa
Não fazer da minha cama uma maca
Pra repousar doente e ferido perto da morte

E deixar de pensar que sou uma caça
Parar com atitudes babacas
Como simplesmente pensar que o mundo te acha uma piada
E na verdade, ninguém está rindo
Não há graça

E poder me sentir leve nessa gravidade
Que nos puxa para o centro
Sem perdão, nem pausa pra um momento
Continua me puxando lá pra dentro
Sem sermão, nesse espaço violento
Continuo correndo contra o tempo
Sem perdão, nem pausa pra um momento
Continua me puxando lá pra dentro

Mesmo com todo esse espaço para abraçar
Continua me puxando, me puxando, me puxando sem parar
Sem perdão, nem pausa pra um momento
Continua me puxando lá pra dentro
Sem sermão, nesse espaço violento
Continuo correndo contra o tempo

Mesmo com todo esse espaço para abraçar
Sem perdão, nem pausa pra um momento
Continua me puxando lá pra dentro

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