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Arthur Victor

Ontem eu vi uma nuvem
Que de longe parecia um dinossauro
E ao passo que ela andava
Ia devorando todo o azul do meu olhar

Eu tentei fugir
Ela me cercou
E decidiu chover
No caminho pra casa
Tempestade em mim
Ela me ensinou
Que a vida é boa
Mas também é molhada

Ontem eu fui um garoto
Que sonhava crescer e virar um astronauta
Mas ao passo que fui crescendo
Eu percebi que eu prefiro é cantar

Ter o pé no chão
Me parece tão bom
Vou cantando no tom
Até desafinar
Deixa o acorde soar
Acorda!
A vida é uma música e ela acaba
E eu não sou mais criança

Mas sigo pequeno e tento
Mais, sinto que o tempo volta atrás
Quando me lembro de você
Eu sei que sou tão tonto e teimo
Bem que me avisaram, eu temo
Sem saber que medo é não viver

Ontem eu vi um cachorro
Correndo atrás do próprio rabo no quintal
E eu que também ando em círculos
Reconheci que aquilo era um sinal

Tem a hora de ir
A hora de ficar
Assumir, ter coragem
Mesmo depois de falhar
Tempestade em mim
Que não quer passar
Se a vida é agora eu que não vou esperar

Mas sigo pequeno e tento
Mais, sinto que o tempo volta atrás
Quando me lembro de você
Sei que sou tão torto e teimo
Bem que me avisaram, eu temo
Sem saber que medo é não viver

Mas sigo pequeno e tento
Mais, sinto que o tempo volta atrás
Quando me lembro de você
Sei que sou tão tonto e teimo
Bem que me avisaram, eu temo
Sem saber que medo é não viver

Medo é não viver

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