23

Arthur Bezerra

Vivendo como se não houvesse amanhã
Acordando logo cedo pra sentir a manhã
Eu sou aquela parte que ainda me restou

E vou sentindo que a oração esfriou
Meus amáveis fios brancos já se acumulou
E agora? Vou tentar Te encontrar em mim

E olho pra tudo que eu vivi
Não sei como antes de Ti, eu sobrevivi
E olho pra tudo que escolhi insistir
Não sei como antes de Ti, eu sobrevivi

Peço que mude meu foco, antes que eu envelheça
Eu tento voltar a inocência, mas eu digo: Cresça, cresça
Então, entre a fé e minha razão, escolho fazer canção
Firmando meus pés no chão
Calando a força o meu coração
Firmando meus pés no chão
Calando a droga do meu coração

E vou seguindo, deixo o resto pra depois
O Arthur que eles esperam já morreu aos 22
Vou aprendendo um passo de cada vez
Tudo mudou em minha vida quando cheguei aos 23

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