O amor de tão errante
Vira lince e já tem asas
Vira ave e já é rápido
Oculto recolhe lanças
Agudas lanças
Que o homem esconde
Em chuva santa
Tudo é lampejo
Iluminação
Tudo é dor, excesso
Milagre lágrima
Tudo é vinho
E envolve Deus
Tudo é claro
E da noite precisa
Tudo é breve
Longínquo
Ruínas da alma
Procissões de véus
Tesouros de nada
Pálpebras que se cerram
Fendas que não tardam, quebram
Absorvem e partem
Quando é Sol, quando é calmo
Quase topázio