Bruxas

Ana Clara Dafico

Ela não teme o escuro
Ela não teme o silêncio
Conhece sua própria sorte
E segue invicta e forte

Seus poderes espantam a terra
Pois revive de seus próprios ossos
Seu espírito então fora visto
Rindo da face da morte

Somos todas bruxas e jamais vamos morrer
Por mais que nos matem
Por mais que nos matem

Somos todas bruxas e jamais vamos morrer
Por mais que nos matem
Por mais que nos matem

Sob farsas e imposturas
Ela evoca o seu próprio corpo
E com ele dissipa as culpas
Selando assim a sua vingança

Ela não teme suas palavras
Não teme tais ameaças
Seu espírito então fora visto
Rindo da face da morte

Somos todas bruxas e jamais vamos morrer
Por mais que nos matem
Por mais que nos matem

Somos todas bruxas e jamais vamos morrer
Por mais que nos matem
Por mais que nos matem

Dona de sua própria vida
Dona do seu próprio corpo
Dona de suas verdades

E é por isso que toda a cidade canta, queime a bruxa, queime a bruxa

E o vento vai te levar

Somos todas bruxas e jamais vamos morrer
Por mais que nos matem
Por mais que nos matem

Somos todas bruxas e jamais vamos morrer
Por mais que nos matem
Por mais que nos matem

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