Oração

Ana Cacimba

Metade de mim é o que eu creio
E a outra metade é o que eu sinto
Minha essência é o eco dos tambores
Que embalam a dança dos quadris

Meus olhos enxergam além do visível
E meu coração é meu guia
Sigo a voz da minha, minha intuição
Pois sei que nela habitam também outras vozes
Sagradas, antigas

Sou feita de paixões, de dendê e pimenta
Mas também de afeto, de mel e água doce
Sou feita de floresta, de terra fértil, de flecha certeira
Sou feita de mar e de cachoeira

Teço com minhas mãos a história de quem sou
Respiro a memória dos que vieram antes
E peço licença pra chegar
E em cada passo que dou
Faço de mim mesma o meu próprio altar

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