Juro Que Vi

Allan Carvalho

Noite escura Lua nova sem estrelas
Soberana permeia a ave derradeira
Atrás de incrédulos confrades desencardos
Correm que agora é a ave de encantados

Outrora mulher em noite de luar
Vários varões se perderam em seu olhar
Cheiro e fumaça de um pito de taquara
Desencantam ave rara em alvorada

No fim da tarde quando o vento dá geral
Caboclo aquieta com grito do matagal

Pois não é lenda, sua sina sorrateira
Juro que vi matinta perêra

A preta velha, pé de pato
Pede cachaça e tabaco

Pois não é lenda, sua sina sorrateira
Juro que vi matinta perêra

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