O Calafetador

Aládio Dullius

O mais surpreendente da vida
Não só pela extensão, pela ousadia
Mas também pelas surpresas que foram surgindo ao longo do caminho
Conheci o Negrinho lá na barranca do Rio
Calafetando caíco, lida dura pra índio guapo
Na pescaria da vida é bem apurado e rico
Andando em cima das águas seguro em seu caíco

Talvez posso chamar de calafetador
Ou quem sabe pescador afamado do Rio
Gaúchão de respeito e brincalhão
Fisgado da velha costa
Que o tempo não engoliu
O melhor caiqueiro que este Rio Grande já viu

De vez em quando remenda a chalana
Toda furada de bala e rachaduras derramando calafeto
Quente pra tampa os buracos, curando as trincadura

A vida não é fácil não, a pesca não anda boa
Ainda mais que não se aproa com a injusta competição
Mas é dono do seu destino, parece viver tranquilo
Feliz é este menino com paz em seu coração

Talvez posso chamar de calafetador
Ou quem sabe pescador afamado do Rio
Gaúchão de respeito e brincalhão
Fisgado da velha costa
Que o tempo não engoliu
O melhor caiqueiro que este Rio Grande já viu

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