Noites

Adilson Laureline

Toda vez que saio a noite eu
Eu ando sob as estrelas
Sinto algo vai começar
É tudo quase certeza
Mas quando eu quando eu percebo
Em tantos rostos a procurar
Eu olho eu olho e não vejo
Tantas idéias sem o que falar

E o desamor vem buscar
Dentro do coração
O falso discernimento
Entre a razão e a emoção
A angústia é uma mágoa
Que quer assustar
A sedução do desejo e o ódio plantar

Não adianta fumar não adianta beber
Não adianta chorar e se entorpecer

Não adianta fumar não adianta beber
Não adianta chorar não adianta se entorpecer

Nos primeiros raios do sol
Reflito sobre a realidade
Tantas bocas sempre caladas
Buscando a eternidade

O frio do crepúsculo
Anuncia o amanhã
Sinto frio na minha alma
E procuro um bar
A solidão é um fantasma
Que quer assombrar
A esperança da noite e o coração perturbar

Não adianta fumar não adianta beber
Não adianta chorar e se entorpecer

Não adianta fumar não adianta beber
Não adianta chorar não adianta se entorpecer

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