Duas Multidões

Junior Ferraz

Lá vem a multidão
Cabisbaixa e chorando, lamentando

Era tarde demais
O menino morreu

Era uma viúva, só tinha um filho
Batalhava em seus dias
E ainda tinha
Sonho para sonhar

Corria pra um lado
Corria pra outro

Sustentava o menino
Pois era tudo que tinha

As lutas da vida
Nos pegam de surpresa

Tentando matar nosso sonho
E nos fazer parar

Quando estava sonhando e sorrindo
Só ficavam de longe olhando o menino

O sonho acabou, o menino morreu
Tem até cortejo para lhe acompanhar

Aquele cortejo, ao sair da cidade
Prestes a enterrar
Um sonho que morreu

Nem imaginavam, o que ía acontecer
Seguiram chorando e se lamentando

Aquela viúva
Perdeu tudo que tinha
E já não sentia mais razão, para viver

Perdeu o marido que tinha
Era o único filho sonho que existia

Foi interrompido
Pois a morte, tentou matar

E seguia chorando aquela multidão
Cabisbaixa, sem esperança

Prestes a interrar
Um sonho que morreu

Porém logo adiante
Vinha outra multidão
Que caminhava diferente
Com a cabeça erguida
E eu vou cantar, pra te fazer entender
A diferença das Duas multidões

Lá vem a outra multidão
Com a cabeça erguida
Não estão chorando
Nem se lamentando
Estão caminhando
Com O mestre da vida
Pois Ele é Quem decide
Quem morre ou ressuscita

E quem neste caminho
Acha que morreu

Está sepultando do sonho
Que era seu
O mestre de viu
E vai falar contigo
Escute aí

Não chore

Eu te toco, de renovo
Te acalento, te sustento
Sou eu o dono da vida
Sou eu o dono do tempo
Eu faço e desfaço
E da morte eu corto o laço
E digo pra o menino

Levanta

E o cortejo que chorava
Agora está sorrindo

E quem se lamentava
Por perder o menino

Levante a cabeça, mesmo sem entender
Quem ressuscita sonho acabou de chegar

Adore, adore, adore, adore
Oh adore, adore, adore

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