Rodeio de Patos de Minas

Flor da Serra e Pinherá

Foi lá em Patos de Minas
Que eu fiquei admirado
Vi num circo de rodeio
Um pagão endiabrado

Um burro todo crinoso
E que nunca foi tosado
Presente de um fazendeiro
Pro circo tinha ofertado
Em prazo de pouco tempo
O burro ficou afamado

O pagão era servage
Pois vivia só encostado
Perdido naqueles campos
Nas restinga alongado

Nunca tinha visto gente
Nos recanto foi criado
O burro dentro da arena
Ficou mesmo aprovado
O pagão era manero
O seu lombo era sagrado

Já não tinha quem montasse
E o burro tava abandonado
Quando Gerardino soube
Gaúcho classificado

Na classe de montador
Era o maior do estado
Despediu de sua mãezinha
Seguiu destino traçado
Chegando em Patos de Minas
No dia que foi tratado

Foi num domingo de agosto
O céu tava enfumaçado
O circo tava repleto
E os banco superlotado

Gerardino amontou
Conforme foi anunciado
O burro pulava feio
Até o ar foi de mudado
Gerardino tava emcima
Dando conta do recado

O pagão não entregava
Tava tudo ensangüentado
Pra finalizá o encontro
Veja só o resurtado

O burro deu um corcovo
Caiu morto estribuchado
Gerardino caiu junto
Também morto arrebentado
Terminou os dois em vitória
Pois nenhum foi derrotado

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