Nos porões da ditadura
Mãos atadas, olhos vendados
Mais um dia de tortura
Mais um cadáver ocultado
Ainda estou aqui
Mas o meu parente, não!
Quem não morreu teve que fugir
Pro exílio: A expatriação!
E grito: Sem anistia! (O quê?)
Sem anistia! (De novo!)
Sem anistia! (Mais uma vez!)
Sem anistia! (Não passarão!)
O sangue seco é a evidência
Cadeira-do-dragão, pau-de-arara
O trauma, a resistência
E a família que se separa
Ame-o ou deixe-o (ô! Ô!)
Uh! Bordão covarde!
Ancestrais do feixe (ô, ô, ô!)
Já vão tarde!
E grito: Sem anistia! (O quê?)
Sem anistia! (De novo!)
Sem anistia! (Mais uma vez!)
Sem anistia! (Não passarão!)
E eis que o falso Messias
Quis repetir a farsa
Outro AI5 estes dias?
Ele e seus comparsas?
79 outra vez? (Não!)
Não vamos deixar repetir
Em 2026
Nós vamos nos redimir!
Os porões exalam a memória
A democracia ainda vacila
Quem esquece a própria história
Está fadado a repeti-la!
Temos ódio e nojo à ditadura
Ódio e nojo
Temos ódio e nojo à ditadura
Ódio e nojo
Sem anistia! (O quê?)
Sem anistia! (De novo!)
Sem anistia! (Mais uma vez!)
Sem anistia! (Não passarão!)
Sem anistia! (Não passarão!
Sem anistia!