Sem Anistia

Fabrício Pessato

Nos porões da ditadura
Mãos atadas, olhos vendados
Mais um dia de tortura
Mais um cadáver ocultado

Ainda estou aqui
Mas o meu parente, não!
Quem não morreu teve que fugir
Pro exílio: A expatriação!

E grito: Sem anistia! (O quê?)
Sem anistia! (De novo!)
Sem anistia! (Mais uma vez!)
Sem anistia! (Não passarão!)

O sangue seco é a evidência
Cadeira-do-dragão, pau-de-arara
O trauma, a resistência
E a família que se separa

Ame-o ou deixe-o (ô! Ô!)
Uh! Bordão covarde!
Ancestrais do feixe (ô, ô, ô!)
Já vão tarde!

E grito: Sem anistia! (O quê?)
Sem anistia! (De novo!)
Sem anistia! (Mais uma vez!)
Sem anistia! (Não passarão!)

E eis que o falso Messias
Quis repetir a farsa
Outro AI5 estes dias?
Ele e seus comparsas?

79 outra vez? (Não!)
Não vamos deixar repetir
Em 2026
Nós vamos nos redimir!

Os porões exalam a memória
A democracia ainda vacila
Quem esquece a própria história
Está fadado a repeti-la!

Temos ódio e nojo à ditadura
Ódio e nojo
Temos ódio e nojo à ditadura
Ódio e nojo

Sem anistia! (O quê?)
Sem anistia! (De novo!)
Sem anistia! (Mais uma vez!)
Sem anistia! (Não passarão!)
Sem anistia! (Não passarão!
Sem anistia!


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